A moda é uma coisa bastante engraçada. Ninguém está livre dela, mesmo que não siga todas as tendências, porque temos que comprar as roupas, e nem sempre encontramos a peça que procuramos. Eu particularmente odeio fazer compras, mas isso não vem ao caso. O que importa é que nunca vamos poder comprar alguma coisa muito diferente daquilo que a moda diz, e isso é um problema, na minha opinião. Simples.
Rótulos, como eu já disse, eu não suporto, mas existem dois tipos de rótulos. Um deles, que eu não admito, é julgar completamente as pessoas por um ato único, por exemplo, dizer que alguém é uma pessoa legal por ela estar usando uma camiseta de uma banda que você goste. Isso só indica que vocês têm UM ponto em comum. Esse ponto em comum é o segundo sentido de 'rótulo' pra mim.
Os produtos apresentam um rótulo que traduz a sua qualidade, mas muitas vezes os rótulos são muito melhores que o produto, uma espécie de ilusão, é simples como comparar a foto na embalagem e o produto em si. O mesmo rótulo existe para nós, e nós escolhemos vestir esse rótulo. Porém, não temos muita escolha, como eu disse no início. A moda muda de tempo em tempo, se renovando ao ponto de ridicularizar os anos anteriores.
As fotos vão dos anos 80 até os 50, em ordem. E todas as pessoas se vestiam assim na boa, e hoje a gente pode achar isso ridículo e usar esse tipo de roupa somente em festas à fantasia. Mas na verdade não existe muita opção, perceba. Só depende da época em que vive o que a pessoa vai vestir. E se alguma garota quiser sair pela rua com o penteado anos 60, vai chamar muita atenção. Ou seja, a pessoa não pode fazer o que quiser com a sua imagem, mesmo que de maneira aceitável. É o que acontece. Muitas vezes as vitrines não vendem o que queremos e não mostram nada daquilo que somos.
Como, então, transparecer o que somos? (Retórica, ok?)
E chega a moda anos 2010! Cores vibrantes, óculos gigantes também coloridos, pra combinar com o tênis colorido e a camiseta de alguma cor neon. Tudo muito bonito (ironia, ok?).
E eu tou pra dizer que eu odeio modinhas. Odeio as pulserinhas do sexo (queporraéessa minhasenhora?!) e as calças skinny coloridas. Não me importo que as pessoas usem esse tipo de coisa, eu me importo que as pessoas façam isso por modismo. Que façam isso simplesmente porque alguém "admirável" faz. É isso que as pessoas querem passar pros outros? Que são influenciáveis? É tipo Maria-vai-com-as-outras. Não que eu me importe com a vida das marias do mundo, a vida é delas e elas que façam o que quiserem, mas pra mim isso não passa de uma modinha. Vem fácil, vai fácil. E o que vem depois? Tenho medo!
Me sinto um velho escrevendo isso, pq eu no auge dos meus 16 anos já acho a moda ridícula e que a música popular entre os jovens é um troço sem conteúdo que repete milhões de vezes a mesma história de amor. O que me resta??
Me chamem de quadrado, de velho precoce, de qualquer coisa. A moda é algo que me faz sentir velho, realmente.
10/12/2010 11:12:51 am

acho que as prórprias pessoas vão se achar ridiculas daqui um tempo por terem usado uma calça verde limão.

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Micael
10/12/2010 11:52:41 am

e eu ainda acho que tu deveria ser escritor, meu caro Khin. e, se for por isso, também sou um velho precocemente quadrado xD

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Sara Bueno
10/13/2010 06:42:21 am

Buenas... A moda abre possibilidades de tempos em tempos, por exemplo, esmaltes opacos, eu não sabia que existiam, mas amei quando conheci, não pq estourou em Paris, mas pq achei bonito e gostei em mim, então vou usar o quanto eu quiser. Já essa coisa de roupa colorida ou p&b, calça justa ou larga, vestido com manga ou sem manga, tuuuudo isso já foi moda e vai ser moda de novo. Quando eu tinha uns 10 anos a moda era usar calças coloridas um pouco mais largas que as de hoje, conhecidas como semibags, eu achava feio, não usava, mas muitos usaram, muitos que olham as pintas de hoje com calças coloridas e dizem que é ridículo. Hipocrisia? Acho que não, apenas uma fase que passou para aquela pessoa. Acho que a moda serve muitas vezes como desculpa para se poder usar algo que se tem vontade, mas que sai um pouco do comum, algo que chama atenção. Há poucos anos atrás Kelly Ousbourne desfilava com cabelos dos anos 50, não só ela, mas mais algumas, não estourou, não emplacou nas revistas de moda, mas ela usou o quanto quis, pq ela não precisa da opinião pública pra escolher seu cabelo ou suas roupas, pela posição que ocupa já se auto justifica qualquer exentricidade. Mas os mortais precisam de algo que legitime sua vontade de se vestir diferente ou até mesmo de conhecer novas (pra pinta que ainda não conhece) formas de se rotular. Por vezes já me vi torcendo pra que certa moda voltasse pra que eu tivesse oportunidade de comprar alguma peça específica que não tenho mais e não há mais disponível nas lojas. E ninguém está imune a moda, a não ser que o cara tenha muito dinheiro e um alfaiate próprio, daí ele pode vestir o que bem entender. Só que ao passo que o cara se irrita por não encontrar uma calça de jeans larga e preta, apenas as justas e rosa pink, as lojas vendem o que mais se procura, então no fim a culpa não é só de quem consome, só das lojas, só da moda, isso é algo que parece simplesmente entrar no senso comum e assim ficar por um período. O que resta como solução? Brechós, lojas mais alternativas, que tem uma moda diferente da mais aceita e saturada e as vezes esperar que passe a febre e logo voltem a comercializar roupas mais normais, como estamos acostumados a usar.

.::Beijos::.

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