Carnaval, Futebol...
Por que eu não gosto dissos?
Futebol, um esporte de contato, de resistência, que exige muito dos atletas, um bom condicionamento físico, enfim. O futebol como esporte é aceitável. Mais do que isso, é interessante, é legal. O que eu não consigo entender são os maus sentimentos que ele causa nos torcedores fanáticos. Brigas entre torcidas, brigas entre jogadores de times inimigos, briga entre jogadores do mesmo time. Como se aquela partida de futebol fosse realmente mudar a vida de alguém.
"É muito legal, chega a ser engraçado, tu vê no estádio um um cara gigantesco, todo musculoso, chorando abraçado na camisa do time". Engraçado com certeza é, mas porque é ridículo, não porque é legal (até porque não é legal). As pessoas guiam o seu humor no futebol. Gastam trinta reais para ficar duas horas pulando no estádio sem assistir ao jogo. "Mas quando se vai pro estádio não é pra ver o jogo, é pra curtir a festa". O que chamam de 'festa' é uma multidão de pessoas pulando e cantando alguma coisa ofensiva pro time adversário, com todos os palavrões do mundo, enquanto alguém joga cerveja pra cima, isso se não resolvem jogar mijo. E aí eu penso: BAITA FESTA, HEM?
Não, eu não vou simpatizar com futebol e sim, acho idiota se gastar com isso. Mas tudo bem, cada um cuida do seu. "Tá na chuva é pra se molhar", então eu prefiro ficar longe disso e não me encham o saco.
Outra coisa que eu não gosto no futebol é o pequeno detalhe de cada jogador de time grande ganhar milhões por mês. São pessoas sem instrução, o trabalho que eles fazem é extremamente desimportante, o futebol não é útil pro povo, pra sociedade. Ele é preciso porque se tornou um vício e é útil por puro entretenimento, trocável por qualquer forma melhor e mais cultural de entreter pessoas, filmes, livros, teatro. O futebol como existe hoje em dia é plenamente dispensável e isso é o que me deixa mais sem graça. Tanta gente venera esse esporte, chora abraçado ao símbolo do seu "time de coração" quando na verdade tudo isso é inútil. Me deixa triste, por um lado.
E eu vejo as brigas de torcidas, a polícia usando bombas de efeito moral, usando escudos, a pancadaria rolando... Como ainda não perceberam que é só penalizar o time em um campeonato a cada briga causada pela sua torcida? Se a torcida do time X briga com a torcida do time Y, os times X e Y são penalizados em pontos no campeonato ou alguma outra coisa que o torcedor se importe, porque o torcedor está CAGANDO se o time dele tiver que pagar uma multa, mas se importa se o time perder um único ponto no campeonato.


Agora, o Carnaval... Ah, o Carnaval... Se não fosse um feriado imenso... É comparável ao futebol, na minha visão, exceto pelo fato de o carnaval não ter nenhuma desculpa. O carnaval não é saudável como o futebol. Pelo contrário. É praticamente uma desculpa pra mostrar nudez, fornicação. É a destruição de toda a ética que a sociedade prega, é o sexo sem segurança nas ruas, é a nudez pública, os filhos indesejados, a AIDS. Para conter isso, distribui-se camisinhas e pílulas do dia seguinte. Não é o cúmulo? Gastam-se milhões construindo carros alegóricos, fantasias, tudo para um único desfile anual que vai receber uma nota sendo que todos já conhecem os vencedores.
O Carnaval também pode ser visto como uma forma de entretenimento pro povo. Que, assim como o futebol, poderia ser substituído por qualquer outra forma inteligente de entretenimento. Leitura, cinema, teatro, música, enfim. Na minha opinião, isso é uma perda de tempo e de valores, valores econômicos, políticos, sociais, éticos e culturais. Com o dinheiro que se gasta no carnaval e no futebol, seria possível melhorar a vida de muitas famílias.
E vendo essas coisas, eu sinto vontade de desistir da fé que tenho, como eu já blefei muitas vezes fazer. Na verdade eu realmente achava ter perdido a fé, mas eu estava errado. Ainda tenho fé nos humanos e na humanidade, apesar de odiar esse tipo de coisa e não entender como as pessoas podem colocar o lucro acima de seus semelhantes humanos. E chamam isso tudo de festa. Marketing.

Arte

1/24/2011

3 Comments

 
"Todo aquele que mergulhar nas profundezas de sua arte, à procura de tesouros escondidos, trabalha para erguer uma pirâmide espiritual que chegará ao céu."
- Kandinsky
Então, a arte.
Não sei se é do senso comum, mas eu vejo a arte como muitas coisas diferentes. Primeiro, eu acredito que todos tenham afinidade com alguma forma de arte. Por conseguinte, acredito que a arte deve ser algo prazeroso, pois deve fazer parte do artista. Depois, acredito também que a arte é uma ferramenta muito potente, muito intensa. Uma ferramenta com a capacidade de atingir o coração do público.
Música, dança, artesanato, pintura, escultura, cinema, teatro, circo, gastronomia, literatura, fotografia... Todas formas de arte capazes de passar ao público-alvo praticamente qualquer sentimento. Podem fazer as pessoas se unirem ou que entrem em guerra. Pode induzir as pessoas ao erro ou à solução.
Pegando por exemplo, a música. A música pode divertir, pode comover, pode ser usada como forma de protesto, pode ser a arma de uma verdadeira guerra. Ela também expressar amor, é claro. Ela também pode expressar banalização sexual, por que não?
E a futilidade se mistura com a arte. Vemos pseudo-artistas fazendo fortunas egoístas através de músicas vazias. Vemos uma supervalorização da imagem sem conteúdo. Vemos pessoas chorando clamando por seus ídolos fúteis. A que ponto chegamos? Uma arte vazia contando histórias fúteis e arrecadando milhões em cima de uma multidão de pessoas fracas.
E isso não acontece só com a música. Junto com ela vem a dança, que também se esvazia como um balão aberto. Também temos casos parecidos na literatura, na fotografia, no cinema, nas coisas mais acessíveis. Qualquer um pode escrever uma história sem conteúdo, mas poucos vão se prestar a esculpir uma estátua. Eu acho que seria bastante engraçado, na verdade.
Eu não me identifico com música, mas canções me conquistam pela letra. Eu não sou fã de uma banda ou de um estilo musical, eu me apaixono pelas letras. Letras que aproveitem a ferramenta que estão usando, que sabem utilizá-la. Talvez isso tenha alguma relação com a literatura, a arte que eu realmente me identifico. Desde sempre eu crio muitas histórias, mas sempre desistia delas, até o presente momento.

 
Antes do post em si, queria não ignorar o fato de hoje ser o primeiro dia de 2011. Espero que 2011 seja um ano cheio de descobertas e aprendizados, com muita sensatez e bom-senso (é difícil ter esperança quando acordamos com uma briga dos vizinhos do apartamento ao lado, mas vamos tentar).

Com 'evolução', eu digo a evolução humana. É quase difícil acreditar que somos animais, de tão distantes estamos dos demais, evolutivamente falando. Temos consciência, comunicação, raciocínio lógico. Poucas as coisas que ainda fazemos instintivamente. Tudo é pensado, tudo é planejado... Somos os únicos animais com essa capacidade. Certo, alguns animais têm uma organização fascinante, como formigas ou abelhas, mas nós evoluímos muito além disso, não tem como negar.
Mas o que eu me pergunto é... será que a inteligência é mais valiosa do que o instinto? Com a nossa inteligência, por muito tempo nos sentimos superiores aos outros animais, inclusive superiores aos próprios humanos. Brancos se acharam superiores aos negros, homens às mulheres. A inteligência traz burrice, enquanto o instinto... O instinto não progride, se mantém estagnado. Entretanto, não causa problemas. O instinto é estática e naturalmente puro e bom.
Talvez pensem que o instinto não pode ser bom... afinal os animais matam uns aos outros. Brincam com os animais indefesos que eles não conhecem e matam sem necessidade...

 
Seja a terceira pessoa.
Estar sempre no 'eu' é bastante interessante, tem seus lados positivos, mas acho importante saber trocar para a segunda ou para a terceira pessoa. Principalmente para a terceira.
A terceira pessoa não faz parte. Ela não é como eu ou como você. Ela é livre de preceitos. A terceira pessoa não está envolvida e tem a capacidade de julgar a situação, não importa qual. Ela não está influenciada por sentimentos momentâneos. Quando se pede um conselho, pede-se a opinião da terceira pessoa do singular. Mas, por que não ser essa pessoa?
Eu considero essa uma posibilidade muito válida. É quase uma mania minha.
Minha maneira de agir é baseada no que a minha terceira pessoa diz. Eu tento sempre agir de modo que a terceira pessoa aprovasse. Me visto pensando inconscientemente nisso. Escrevo pensando inconscientemente nisso.
Eu tento ser o meu próprio ideal. Eu tento ser o que eu queria que alguém fosse pra mim. Quando descobriram isso, me chamaram de narcisista. E, de certo modo, não discordo. Meu ideal é ser alguém que, caso eu conhecesse, me apaixonasse.
Ser no outro, eu.
Realmente, parece muito narcisista. Parece muito "eu me amo". Mas esse não é o meu ponto. Não é o meu objetivo. Eu não me amo, mas quero ser alguém que eu amaria. Quero ser o meu ideal.
E quando escrevo, a terceira pessoa são os leitores. Eu escrevo de acordo com aquilo que eu gostaria de ler.
E quando eu me visto, a terceira pessoa são todos aqueles que vão me ver. E eu me visto de acordo com aquilo que eu gostaria de ver.
E quando eu falo, falo aquilo que eu gostaria de ouvir.
Quando eu faço, faço aquilo que gostaria que fizessem.
 
... deixa estar
Existem muitas maneiras de pensar


Não importa como, o objetivo de todo mundo é ser feliz. Alguns através do dinheiro e do emprego, do sucesso financeiro, outros ficam felizes cozinhando ou cuidando do jardim, mas todos sempre procuram a felicidade.
Talvez eu não goste de uma calça skinny, mas muitas pessoas se sentem felizes usando uma. Eu posso tolerar. Muitas outras pessoas gostam de usar uma calça skinny verde-limão. Eu posso achar absurdo. Mas ainda existem outras pessoas que usam skinny verde-limão, um tênis multicolorido e fazem chapinha. Eu posso achar inadmissível.

 
A moda é uma coisa bastante engraçada. Ninguém está livre dela, mesmo que não siga todas as tendências, porque temos que comprar as roupas, e nem sempre encontramos a peça que procuramos. Eu particularmente odeio fazer compras, mas isso não vem ao caso. O que importa é que nunca vamos poder comprar alguma coisa muito diferente daquilo que a moda diz, e isso é um problema, na minha opinião. Simples.
Rótulos, como eu já disse, eu não suporto, mas existem dois tipos de rótulos. Um deles, que eu não admito, é julgar completamente as pessoas por um ato único, por exemplo, dizer que alguém é uma pessoa legal por ela estar usando uma camiseta de uma banda que você goste. Isso só indica que vocês têm UM ponto em comum. Esse ponto em comum é o segundo sentido de 'rótulo' pra mim.
Os produtos apresentam um rótulo que traduz a sua qualidade, mas muitas vezes os rótulos são muito melhores que o produto, uma espécie de ilusão, é simples como comparar a foto na embalagem e o produto em si. O mesmo rótulo existe para nós, e nós escolhemos vestir esse rótulo. Porém, não temos muita escolha, como eu disse no início. A moda muda de tempo em tempo, se renovando ao ponto de ridicularizar os anos anteriores.

 
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Constantemente temos conversas com pessoas que não compartilham do mesmo ponto de vista que nós. Cada um se coloca de forma a defender o seu. Aquilo que acreditamos, as nossas convicções, são muito importantes para nós, internamente, e não vamos aceitar uma ideia contrária com facilidade. Discussões podem levar à raiva, à incompreensão, podem nos fazer detestar alguém por alguns instantes. Mas as divergências são uma das coisas mais edificantes que podem ser experimentadas. Testamos nossa compreensão, o respeito que temos por opiniões diferentes (nem sempre opostas) e aprendemos coisas novas, novos argumentos, muitas coisas que, por vezes, vai ajudar a defender o próprio ponto de vista em ocasiões futuras. Mesmo que não concordemos com a opinião do 'inimigo', aprenderemos na batalha de opiniões argumentos que poderão ser de grande utilidade. Não importa quem (con)vence quem em uma discussão. O importante é que a discussão foi realizada, e com isso podemos aprender muitas coisas. Uma das mais importantes é o respeito.
O respeito é, sem dúvida, insubstituível. Devemos aprender a respeitar todas as outras opiniões diferentes das nossas. Mas... existe uma 'overdose' de respeito? Existe alguma barreira que o respeito quebre? Algum limite? Às vezes, sinto que o respeito pode estragar o aprendizado gerado pela discussão. Se respeitarmos sem hesitar a opinião contrária, não vamos estar ajudando o outro a se edificar. Não vamos compartilhar muitas experiências por julgá-las desrespeitosas e muitas opiniões vão ser guardadas. 
"A diferença entre o veneno e o antídoto é a quantidade."
O respeito é essencial, mas não sejamos fanáticos. Vamos nos permitir ser contrários às opiniões alheias que não nos agradem, pois essa é a base da divergência. Duas opiniões diferentes podem se fundir criando um conhecimento novo para todos aqueles que participam da discussão. Não perca a chance de debater, discutir.
Respeite, mas somente o necessário. Não repeite demais apenas para não arrumar problemas. Arrisque.
 
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Já faz algum tempo, mas não sei bem por quê eu resolvi pesquisar sobre o Einstein. Além das coisas aquelas que as pessoas sabem, por exemplo, que ele era um físico meio louco, tirou uma foto mostrando a língua, elaborou a teoria da relatividade, disse que E=m.c², os pais dele achavam que ele era retardado quando criança, etc, eu pesquisei os pensamentos dele. E eu descobri que ele foi muito mais do que um físico. Na minha opinião, ele era também um grande pensador, um filósofo. Não é raro ouvir uma frase ou outra que ele disse, mas raramente paramos pra estudá-las e encontrar uma correlação entre todas as frases do autor. Foi isso o que eu fiz com Einstein, depois de já conhecer várias frases e saber que ele era vegetariano. Lá vai algumas frases que eu acho absolutamente lindas:

- "O valor do homem é determinado, em primeira linha, pelo grau e pelo sentido em que se libertou de seu ego."
- "A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos."
- "Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso."
- "A tradição é a personalidade dos imbecis."
- "A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia"
- "Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinhal."
- "A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente."
- "A condição dos homens seria lastimável se tivessem de ser domados pelo medo do castigo ou pela esperança de uma recompensa depois da morte."
- "Nossa tarefa deveria ser nos libertarmos aumentando o nosso círculo de compaixão para envolver todas as criaturas viventes, toda a natureza e sua beleza."
- "Nada beneficiará mais a saúde da humanidade e aumentará as chances de sobrevivência da vida na Terra quanto a dieta vegetariana. A ordem de vida vegetariana, por seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de uma tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade."

Bom... Ele era radical demais, talvez vocês pensem, mas não pra mim. Eu concordo com tudo o que ele diz, mas eu gosto de eufemias enquanto ele prefere dizer que pessoas que vivem de tradições não deveriam ter cérebro.
A minha intenção com esse post era apresentar um pouco melhor o carinha aquele que todos conhecem o nome, mas poucos sabem como ele pensava e, ao mesmo tempo, apresentar pensamentos que eu compartilho com ele, coisas que eu acredito.

 
Venho por meio deste comunicar-lhes que sou vegetariano. De carteirinha (adoro expressões de velhos). Nunca comi carne, fui criado assim de nascença. E como uma criança pode ficar de saco cheio tendo que responder quinhentas milhões de vezes as mesmas perguntas:
• "Nem peixe?"
• "Mas e frango, tu come?"
• "Mas então... o que tu come?"
Essas perguntas realmente chateam. Eu como qualquer coisa que não tenha matado um animal pra estar na minha boca. Não como patê e muito menos salame. Entretanto, eu consumo ovos, leite e derivados, apesar de saber que também não é o "certo". Admiro veganos, que não usam tecidos provindos de animais (como o couro) e se alimentam basicamente de alimentos orgânicos.
Eu digo que comer carne não é o certo na minha opinião. Considero errado porque acho antiético, é como dar um tiro pelas costas, algo assim. Fazemos com que os animais nasçam em um lugar artificial para passarem a vida inteira em um espaço do tamanho do próprio corpo e comendo uma ração intoxicada com hormônios que vão dar qualidade ao produto final. Isso é completamente overpower, é uma covardia. Não existe chance de defesa. Condicionamos os animais a viver apenas para morrer. Quando eles nascem, apenas pensamos no produto de sua morte. O único interesse que os circula é matá-los.
Born to die.

Há não muito tempo atrás eu conheci um termo novo: alfacismo. Alfacistas são aqueles que condenam o vegetarianismo usando argumentos como "é tudo um bando de viadinho" e no orkut entram em comunidades tipo "como até vegetarianos" e "alfaces são amigas, não comida". Destaco que onívoros em geral NÃO SÃO alfacistas, porque as pessoas podem comer o que bem entender, mas o alfacismo é muito incompreensível e condenável.
Agora veio uma frase bastante conveniente para o post.
"Você é aquilo que você come."
Born to die.
 
Adorar Deus(es) é engraçado. Acredito que é preciso que exista Deus para as pessoas, pois ele tem uma função social de graaaande importância. Muitas pessoas largam uma vida criminosa pela religião. Param de usar drogas pela religião. Outros dizem "Deus te abençoe" depois de te assaltar. E sim, isso ja aconteceu comigo. O cara me assaltou, fez todo o terrorismo padrão, disse que tinha arma, que ia me matar e o escambal, pra no final, antes de sair caminhando como se nada tivesse acontecido, dizer "Deus te abençoe". Foi uma das coisas que mais me deixou com raiva.
Um defeito meu... sempre que eu ouço/leio 'Deus', eu logo penso naquele Deus que julga, condena e odeia. O mesmo Deus que mandou Lúcifer para fora de seu mundo perfeito de nuvens junto com um terço dos anjos do céu simplesmente porque o Luci questionou a superioridade dEle, o mesmo Deus que condena as formas de amor não convencionais, que condena a liberdade de pensamento e o prazer, que queimou mulheres ruivas vivas na fogueira assim como mulheres que acreditavam que os chás poderiam curar doenças, que cobra pelo lugar no céu e pelo perdão dos pecados. Não acredito nesse Deus.
Se existe algum Deus, ele não julga ou condena. Acredito que ele nem sequer tenha consciência, porque com ela vem o ego e, se tem ego, não é justo, e se não é justo, julga vencedores e perdedores. A própria representação da Justiça é vendada, como poderia Deus julgar aparências e se achar justo?
Por isso eu não acredito na Igreja. Albert Einstein disse: "Chega de dizer a Deus o que ele deve fazer!", e eu concordo plenamente com isso. A igreja não é a casa de Deus, uma vez que Deus está presente em todos os lugares. Deus não julga nem condena, uma vez que Deus é amor e perdão. O Papa não é o representante de Deus na Terra, uma vez que a voz do povo é a voz de Deus, ele é só um velhote amigo do Hitler.
Eu respeito o pensamento de crentes conservadores, apesar de não concordar em nada do que eles dizem, mas o dia em que alguma senhora com saia pelo joelho me parar na rua pra pregar a palavra do Senhor, eu vou ter uma longa discussão que muito provavelmente vai fazer o Senhor espumar pelos cantos da boca, e que venha o hipócrita Juízo Final.