Existe uma coisa que me deixa com uma agonia instantânea: quando as pessoas falam convictas da certeza quando na verdade não sabem sobre o assunto.
Esse é, no meu ponto de vista, o pior erro. Simplesmente porque eu não consigo enxergar um motivo pra ser assim. Por que achar que o que eu sei é a verdade total e absoluta?
Isso sempre acontece com política, por exemplo. As pessoas falam como se soubessem mais que os próprios políticos. Como se soubessem mais do que alguém que passou a vida inteira se dedicando a entender a política. O clássico "ensinar o padre a rezar a missa". E, é claro, duas pessoas oniscientes defendendo pontos diferentes, as vozes sempre aumentam, os xingamentos aparecem, e todo mundo sempre diz ter a razão (antes que digam qualquer coisa, não, eu não estou me excluindo disso).
E todos somos assim, na verdade, pelo menos em algum aspecto. Talvez não sobre política, mas quem sabe religião ou economia. Eu pensei bastante sobre isso ultimamente. E eu tomei uma decisão:

Futuro

10/23/2010

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Há algum tempo atrás, minha escola veio com um projeto que tinha o objetivo de mostrar aos alunos que temos duas opções: a cigarra ou a formiga.
A cigarra tem hoje para pagar amanhã, enquanto a formiga paga hoje para ter amanhã. Qual dessas duas seria mais proveitosa? Pela história, a cigarra se quebra sem comida no inverno e a formiga fica de boa.
"Mas como seria chato o trabalho da formiga sem a música da cigarra."
Eu sou uma formiga.
Uma formiga ansiosa. Assaz ansiosa.
Fico horas fazendo planos e pensando em como vou poder fazê-los acontecer, sempre pensando realisticamente. "O que eu posso fazer hoje para que daqui a vinte anos eu consiga o que eu quero?". Eu não penso exatamente assim, nenhum cientista pensa com fórmulas, mas no fim eu sempre respondo essa pergunta.
E no hoje eu sempre tenho que me gastar, me exaurir, pensar, planejar, tudo para que, um dia, eu consiga ter tempo livre o suficiente e viver tranquilo, com uma família e dando mais atenção às coisas que realmente importam.

 
A moda é uma coisa bastante engraçada. Ninguém está livre dela, mesmo que não siga todas as tendências, porque temos que comprar as roupas, e nem sempre encontramos a peça que procuramos. Eu particularmente odeio fazer compras, mas isso não vem ao caso. O que importa é que nunca vamos poder comprar alguma coisa muito diferente daquilo que a moda diz, e isso é um problema, na minha opinião. Simples.
Rótulos, como eu já disse, eu não suporto, mas existem dois tipos de rótulos. Um deles, que eu não admito, é julgar completamente as pessoas por um ato único, por exemplo, dizer que alguém é uma pessoa legal por ela estar usando uma camiseta de uma banda que você goste. Isso só indica que vocês têm UM ponto em comum. Esse ponto em comum é o segundo sentido de 'rótulo' pra mim.
Os produtos apresentam um rótulo que traduz a sua qualidade, mas muitas vezes os rótulos são muito melhores que o produto, uma espécie de ilusão, é simples como comparar a foto na embalagem e o produto em si. O mesmo rótulo existe para nós, e nós escolhemos vestir esse rótulo. Porém, não temos muita escolha, como eu disse no início. A moda muda de tempo em tempo, se renovando ao ponto de ridicularizar os anos anteriores.

 
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Constantemente temos conversas com pessoas que não compartilham do mesmo ponto de vista que nós. Cada um se coloca de forma a defender o seu. Aquilo que acreditamos, as nossas convicções, são muito importantes para nós, internamente, e não vamos aceitar uma ideia contrária com facilidade. Discussões podem levar à raiva, à incompreensão, podem nos fazer detestar alguém por alguns instantes. Mas as divergências são uma das coisas mais edificantes que podem ser experimentadas. Testamos nossa compreensão, o respeito que temos por opiniões diferentes (nem sempre opostas) e aprendemos coisas novas, novos argumentos, muitas coisas que, por vezes, vai ajudar a defender o próprio ponto de vista em ocasiões futuras. Mesmo que não concordemos com a opinião do 'inimigo', aprenderemos na batalha de opiniões argumentos que poderão ser de grande utilidade. Não importa quem (con)vence quem em uma discussão. O importante é que a discussão foi realizada, e com isso podemos aprender muitas coisas. Uma das mais importantes é o respeito.
O respeito é, sem dúvida, insubstituível. Devemos aprender a respeitar todas as outras opiniões diferentes das nossas. Mas... existe uma 'overdose' de respeito? Existe alguma barreira que o respeito quebre? Algum limite? Às vezes, sinto que o respeito pode estragar o aprendizado gerado pela discussão. Se respeitarmos sem hesitar a opinião contrária, não vamos estar ajudando o outro a se edificar. Não vamos compartilhar muitas experiências por julgá-las desrespeitosas e muitas opiniões vão ser guardadas. 
"A diferença entre o veneno e o antídoto é a quantidade."
O respeito é essencial, mas não sejamos fanáticos. Vamos nos permitir ser contrários às opiniões alheias que não nos agradem, pois essa é a base da divergência. Duas opiniões diferentes podem se fundir criando um conhecimento novo para todos aqueles que participam da discussão. Não perca a chance de debater, discutir.
Respeite, mas somente o necessário. Não repeite demais apenas para não arrumar problemas. Arrisque.
 
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Já faz algum tempo, mas não sei bem por quê eu resolvi pesquisar sobre o Einstein. Além das coisas aquelas que as pessoas sabem, por exemplo, que ele era um físico meio louco, tirou uma foto mostrando a língua, elaborou a teoria da relatividade, disse que E=m.c², os pais dele achavam que ele era retardado quando criança, etc, eu pesquisei os pensamentos dele. E eu descobri que ele foi muito mais do que um físico. Na minha opinião, ele era também um grande pensador, um filósofo. Não é raro ouvir uma frase ou outra que ele disse, mas raramente paramos pra estudá-las e encontrar uma correlação entre todas as frases do autor. Foi isso o que eu fiz com Einstein, depois de já conhecer várias frases e saber que ele era vegetariano. Lá vai algumas frases que eu acho absolutamente lindas:

- "O valor do homem é determinado, em primeira linha, pelo grau e pelo sentido em que se libertou de seu ego."
- "A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos."
- "Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso."
- "A tradição é a personalidade dos imbecis."
- "A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia"
- "Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinhal."
- "A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente."
- "A condição dos homens seria lastimável se tivessem de ser domados pelo medo do castigo ou pela esperança de uma recompensa depois da morte."
- "Nossa tarefa deveria ser nos libertarmos aumentando o nosso círculo de compaixão para envolver todas as criaturas viventes, toda a natureza e sua beleza."
- "Nada beneficiará mais a saúde da humanidade e aumentará as chances de sobrevivência da vida na Terra quanto a dieta vegetariana. A ordem de vida vegetariana, por seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de uma tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade."

Bom... Ele era radical demais, talvez vocês pensem, mas não pra mim. Eu concordo com tudo o que ele diz, mas eu gosto de eufemias enquanto ele prefere dizer que pessoas que vivem de tradições não deveriam ter cérebro.
A minha intenção com esse post era apresentar um pouco melhor o carinha aquele que todos conhecem o nome, mas poucos sabem como ele pensava e, ao mesmo tempo, apresentar pensamentos que eu compartilho com ele, coisas que eu acredito.

 
Venho por meio deste comunicar-lhes que sou vegetariano. De carteirinha (adoro expressões de velhos). Nunca comi carne, fui criado assim de nascença. E como uma criança pode ficar de saco cheio tendo que responder quinhentas milhões de vezes as mesmas perguntas:
• "Nem peixe?"
• "Mas e frango, tu come?"
• "Mas então... o que tu come?"
Essas perguntas realmente chateam. Eu como qualquer coisa que não tenha matado um animal pra estar na minha boca. Não como patê e muito menos salame. Entretanto, eu consumo ovos, leite e derivados, apesar de saber que também não é o "certo". Admiro veganos, que não usam tecidos provindos de animais (como o couro) e se alimentam basicamente de alimentos orgânicos.
Eu digo que comer carne não é o certo na minha opinião. Considero errado porque acho antiético, é como dar um tiro pelas costas, algo assim. Fazemos com que os animais nasçam em um lugar artificial para passarem a vida inteira em um espaço do tamanho do próprio corpo e comendo uma ração intoxicada com hormônios que vão dar qualidade ao produto final. Isso é completamente overpower, é uma covardia. Não existe chance de defesa. Condicionamos os animais a viver apenas para morrer. Quando eles nascem, apenas pensamos no produto de sua morte. O único interesse que os circula é matá-los.
Born to die.

Há não muito tempo atrás eu conheci um termo novo: alfacismo. Alfacistas são aqueles que condenam o vegetarianismo usando argumentos como "é tudo um bando de viadinho" e no orkut entram em comunidades tipo "como até vegetarianos" e "alfaces são amigas, não comida". Destaco que onívoros em geral NÃO SÃO alfacistas, porque as pessoas podem comer o que bem entender, mas o alfacismo é muito incompreensível e condenável.
Agora veio uma frase bastante conveniente para o post.
"Você é aquilo que você come."
Born to die.
 
Adorar Deus(es) é engraçado. Acredito que é preciso que exista Deus para as pessoas, pois ele tem uma função social de graaaande importância. Muitas pessoas largam uma vida criminosa pela religião. Param de usar drogas pela religião. Outros dizem "Deus te abençoe" depois de te assaltar. E sim, isso ja aconteceu comigo. O cara me assaltou, fez todo o terrorismo padrão, disse que tinha arma, que ia me matar e o escambal, pra no final, antes de sair caminhando como se nada tivesse acontecido, dizer "Deus te abençoe". Foi uma das coisas que mais me deixou com raiva.
Um defeito meu... sempre que eu ouço/leio 'Deus', eu logo penso naquele Deus que julga, condena e odeia. O mesmo Deus que mandou Lúcifer para fora de seu mundo perfeito de nuvens junto com um terço dos anjos do céu simplesmente porque o Luci questionou a superioridade dEle, o mesmo Deus que condena as formas de amor não convencionais, que condena a liberdade de pensamento e o prazer, que queimou mulheres ruivas vivas na fogueira assim como mulheres que acreditavam que os chás poderiam curar doenças, que cobra pelo lugar no céu e pelo perdão dos pecados. Não acredito nesse Deus.
Se existe algum Deus, ele não julga ou condena. Acredito que ele nem sequer tenha consciência, porque com ela vem o ego e, se tem ego, não é justo, e se não é justo, julga vencedores e perdedores. A própria representação da Justiça é vendada, como poderia Deus julgar aparências e se achar justo?
Por isso eu não acredito na Igreja. Albert Einstein disse: "Chega de dizer a Deus o que ele deve fazer!", e eu concordo plenamente com isso. A igreja não é a casa de Deus, uma vez que Deus está presente em todos os lugares. Deus não julga nem condena, uma vez que Deus é amor e perdão. O Papa não é o representante de Deus na Terra, uma vez que a voz do povo é a voz de Deus, ele é só um velhote amigo do Hitler.
Eu respeito o pensamento de crentes conservadores, apesar de não concordar em nada do que eles dizem, mas o dia em que alguma senhora com saia pelo joelho me parar na rua pra pregar a palavra do Senhor, eu vou ter uma longa discussão que muito provavelmente vai fazer o Senhor espumar pelos cantos da boca, e que venha o hipócrita Juízo Final.
 
Comecei a escrever,  escrevi um post reazoavelmente grande, até que eu lembrei: 'onde estão os meus modos?'
E venho então me apresentar.


Meu nome é Khin Emmanuel Rodrigues Baptista. Nasci no dia 04 de março de 1994, logo, tenho 16 anos e sou do signo de peixes (acredito parcialmente em astrologia porque seria muita coincidência dar certo o que a astrologia diz, com exceção do horóscopo que sempre erra).
Estudei da pré-escola até a oitava série na mesma escola, um total de nove anos vendo os mesmos rostos, gostando das mesmas pessoas, sendo odiado pelas mesmas pessoas e odiando as mesmas pessoas. Por nove anos consecutivos. Over and over and over again, because hell is repetition.
OK, isso foi um exagero, não foi tão ruim assim. Mas também não foi divertido.
Agora eu acordo todos os dias entre 6h40 e 7h, vou pra aula, almoço em casa, vou pro estágio, chego em casa entre 18h e 20h e fico me ocupando com coisas pequenas até ficar com sono, quando tudo recomeça.
Gosto de livros e de equilíbrio (em todos os aspectos, TODOS). Gosto de filmes e de atuar, adoro teatro e desenhos, gosto das artes e de participar delas, exceto a música. Eu gosto de ouvir música, mas não gosto de música. A coisa fica tão repetitiva depois de um tempo... não é pra mim. E olhem que irônico: eu sou o tecladista de uma banda. Mas eles sabem que eu não sou um músico (ou agora sabem).
Não gosto de multidões ou moda (incluindo modinhas) e não suporto rótulos. Não gosto de me descrever (HÁ).


Não tem o que comentar, tem?